segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Quem é o seu amante? (Jorge Bucay – Psicólogo)

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.

Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.

Geralmente, são essas últimas que vêm ao meu consultório, para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores, etc.

Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.

Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.

Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: “Depressão”, além da inevitável receita do antidepressivo do momento.

Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum antidepressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.

Há as que pensam:

“Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas”?!

Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais...

Para aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:

“AMANTE é aquilo que nos apaixona; é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono; é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso “AMANTE ” é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.

É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.

Às vezes encontramos o nosso ”AMANTE” em nosso parceiro.

Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto…

Enfim, é “alguém” ou “algo” que nos faz “namorar a vida” e nos afasta do triste destino de ir levando.

E o que é “ir levando”?

"Ir levando" é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.

"Ir levando" é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com “ir levando”… Seja também um amante e um protagonista DA SUA VIDA!



Acredite:

O trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.

O trágico é desistir de viver…

Por isso, e sem mais delongas, procure algo para amar…

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pudim por Marta Medeiros

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente
um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido. Um só.



Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a
vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir
quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou
moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela
metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons. Conquista a chamada
liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das
mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos
do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel
ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se
obriga a ir malhar. E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na
vida sem pegar recuperação... Aí a vida vai ficando sem tempero,
politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai
ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua,o
compasso,a bússola, a balança e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o
que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase
mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'..

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos
(devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração
saciado.

Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro,um sofá pra eu ver
10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard
Gere, nu, embrulhado pra presente. OK? Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.





“Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer.”
Mário Quintana
















"O importante não é vencer todo dia, mas lutar sempre!!!"
"Quando se crê em DEUS, não há cotidiano sem milagre!!!"

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O Valor de Um Milagre!

Uma garotinha foi para o quarto e pegou um vidro de geléia que estava
escondido no armário e derramou todas as moedas no chão.

Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes. O total precisava
estar exatamente correto. Não havia chance para erros.

Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta
dos fundos em direção à farmácia Rexall, cuja placa acima da porta tinha o
rosto de um índio.

Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele
estava ocupado demais. A garotinha ficou arrastando os pés para chamar
atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som mais enojante possível, mas não adiantou
nada. Por fim tirou uma moeda de 25 centavos do frasco e bateu com ela
no vidro do balcão. E funcionou!

- O que você quer? - perguntou o farmacêutico irritado. - Estou conversando
com o meu irmão de Chicago que não vejo há anos -, explicou ele sem
esperar uma resposta.

- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão -, respondeu Tess
no mesmo tom irritado. - Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero
comprar um milagre.

- Desculpe, não entendi. - disse o farmacêutico.

- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da
cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria
saber quanto custa um milagre.

- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso
ajudá-la. - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo.

- Eu tenho dinheiro. Se não for suficiente vou buscar o resto. O senhor
só precisa me dizer quanto custa.

O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco
para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.

- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele
precisa de uma operação, mas o meu pai não tem condições de pagar,
então eu queria usar o meu dinheiro.

- Quanto você tem? - perguntou o senhor da cidade grande.

- Um dólar e onze cêntimos -, respondeu a garotinha bem baixinho. - E
não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso.

- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze
cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!

Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra a mão da
menininha, ele disse:
- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os
seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa..

Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A
cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo
Andrew teve alta e voltou para casa.

Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos
que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:

- Aquela operação foi um milagre. Quanto será que custaria?

A garotinha sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze
cêntimos!

- Mais a fé de uma criancinha.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A máquina dx xscrxvxr

Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, funciona bxm, com xxcxcao dx uma txcla.

Ha 42 txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isso faz uma grandx difxrxnca.

As vxzxs, mx parxcx qux mxu grupo x como a minha máquina dx xscrxvxr, qux nxm todos os mxmbros xstão dxsxmpxnhando suas funcõxs como dxviam, qux txm um mxmbro achando qux sua ausxncia nao fará falta...

Vocx dirá: "Afinal, sou apxnas uma pxça sxm xxprxssao x, por isso, nao farxi difxrxnca x falta a comunidadx." Xntrxtanto, para uma organização podxr progrxdir xficixntxmxntx, prxcisa da participacão ativa x consxcutiva dx todos os sxus intxgrantxs.

Na próxima vxz qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr x diga a si mxsmo: "Xu sou uma pxça importantx do grupo x os mxus amigos prxcisam dx mxus sxrvicos!"


Pronto, agora consertei a minha maquina de escrever. Você entendeu o que eu queria te dizer?
Percebeu a sua imensa participação na vida daqueles ao seu redor? Percebeu que assim como há pessoas que são importantes para nós, também somos importantes para alguém?
Lembre-se de que somos parte do Universo e como tal, somos uma peça que não podemos faltar no quebra-cabeça da vida...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Valorize o que faz! (autor desconhecido)

Conta-se que, em certa localidade, havia dois irmãos. Um, desde cedo se aprimorou nas ciências, estudando e trabalhando com afinco. Conquistou um bom emprego como ministro do rei.

O outro não desejou estudar e, dadas as necessidades, empregou-se como remador. Mas vivia reclamando da boa vida do irmão e da nulidade que era a sua.

Certo dia o rei realizou uma viagem, com seu ministro, e utilizou justamente o barco onde ele servia como remador.

Durante todo o dia, o rei observou-o a reclamar da sua má sorte e da boa estrela do irmão, sentado confortavelmente ao lado do monarca.

Quando caiu a noite e eles atracaram em um porto, o rei o chamou e lhe disse: Ouvi um barulho na margem esquerda. Você pode verificar de que se trata?

O remador foi ao local e voltou dizendo que o que o soberano ouvira fora os ruídos de uma gata dando à luz.

E quantos gatos ela pariu? - Perguntou o rei.
O remador saiu a correr e retornou com a resposta: São cinco, meu senhor.

Quantos machos e quantas fêmeas? - Tornou a perguntar o rei.
Retornou o remador, voltando com a resposta mais tarde:

Senhor, são três fêmeas e dois machos.
E a quem pertencem? - Indagou de novo o governante.
Cansado, foi novamente o remador até o local para descobrir que pertenciam a um velho barqueiro.

Então, o monarca chamou pelo seu ministro, irmão do remador e lhe fez o mesmo pedido:
Ouvi ruídos na margem esquerda.Pode verificar e me informar do que se trata?
Algum tempo depois, retornou o ministro com a resposta:

Senhor, o ruído ouvido por Vossa Alteza foi de uma gata dando à luz cinco filhotes: três fêmeas e dois machos. A gata pertence a um velho barqueiro, com quem falei. Ele me disse que, tão logo tenham sido desmamados os filhotes, ele se sentirá honrado em presenteá-lo com um deles, se for do seu agrado.

O soberano olhou para o remador e disse:
Percebeu, meu filho, por que cada um de nós possui uma tarefa diferente a realizar? Cada um realiza aquilo para o que possui melhores qualidades. Uns mandam, outros executam.
Uns estudam e alcançam grandiosidades. Outros realizam o trabalho braçal, por se adaptarem bem a essa tarefa. Contudo, são todos importantes.

Volta ao teu trabalho e deixa de reclamar. Teu irmão mereceu o posto que lhe dei, que muito lhe exige.

Por tua vez, executa com amor o teu trabalho e o dignificarás. Pensa em quantas vidas transportas na tua embarcação e pelas quais és responsável. Não te desvalorizes, nem a tua tarefa. cresce, executando-a.

* * *

A profissão é também uma forma de servir à Humanidade, enquanto o Espírito se encaminha para Deus.

É oportunidade de crescimento e de aprimoramento. Não desprezemos a tarefa que nos compete, por mais insignificante que nos pareça.


Queridos amigos!! Cada tarefa, cada profissão é digna de admiração, cada um terá um cargo e deve valorizá-lo por mais simples que pareça ser. Sua profissão é um exercício de crescimento. Jamais despreze o que faz e o que o outro irmão faz pois tudo se completa. Valorize suas tarefas!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O círculo do ódio

1 - O diretor de uma empresa gritou com seu gerente porque estava irritadíssimo.
2 - O gerente, chegando em casa, gritou com a esposa, acusando-a de gastar demais.
3 - A esposa, nervosa, gritou com a empregada, que acabou deixando um prato cair no chão.
4 - A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara enquanto limpava os cacos de vidro.
5 - O cachorrinho saiu correndo de casa e mordeu uma senhora que passava pela rua.
6 - Essa senhora foi à farmácia para fazer um curativo e tomar uma vacina. Ela gritou com o farmacêutico porque a vacina doeu ao ser aplicada.
7 - O farmacêutico, ao chegar em casa, gritou com a esposa porque o jantar não estava do seu agrado.
8 - Sua esposa afagou seus cabelos e o beijou, dizendo: Querido! Prometo que amanhã farei seu prato favorito. Você trabalha muito. Está cansado e precisa de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis da nossa cama por outros limpinhos e cheirosos para que durma tranquilo. Amanhã você vai se sentir melhor. Retirou-se e deixou-o sozinho com seus pensamentos.
Neste momento rompeu-se o Círculo do Ódio! Esbarrou na tolerância, na doçura, no perdão e no amor. Se você está no Círculo do Ódio, lembre-se de que ele pode ser quebrado, e VOCÊ tem esse poder!
Não mude sua natureza. Se alguém te faz algum mal, apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.

Fonte Desconhecida

Dedicação

Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo. Não conheço ninguém que tenha progredido na carreira sem trabalhar pelo menos doze horas por dia nos primeiros anos.
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar sábados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá de se dedicar a isto, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá de investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para conseguir um resultado diferente da maioria, você tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é o modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem á frente da televisão.
Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende da dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica.
Mas toda mágica é ilusão. E ilusão não tira ninguém do lugar onde está.

ILUSÃO É COMBUSTÍVEL DE PERDEDORES.

(sem identificação do autor)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sem palavras por Miriam Leitão

Há tragédias sobre as quais não há nada a dizer, mas que o jornalista tem vontade de compartilhar, de avisar ao leitor que sente a mesma dor. Há tragédias sobre as quais se pode racionalizar, tentar entender. Em algumas, há a chance de algo confortador: pensar objetivamente nos passos a serem dados para evitar a repetição da infelicidade. Mas em momentos como agora, não há palavras.

E, no entanto, o jornal sai todos os dias. Todos os dias contamos histórias, os colunistas fazem colunas nos dias certos e incertos. Há páginas especializadas e assuntos específicos. O jornal é o mundo inteiro. Há assuntos nos quais me abrigar. Posso falar do IPCA que saiu acima do previsto e que já leva o acumulado em doze meses para perto do teto da meta; ou o risco que Portugal representa de contágio da Espanha e o medo do calote das dívidas soberanas, esse fantasma que ronda a Europa. A notícia espantosa de outro terremoto no Japão. Posso falar da última medida do ministro Guido Mantega, da última elevação do IOF para moderar o consumo. A crise no Oriente Médio. O petróleo acima de US$ 120. Temas não faltam nesse dia intenso que foi o 7 de abril de 2011.

Esse é um espaço de economia, eu tenho para onde correr, eu posso usar a gelada palavra “macroprudencial” e me esconder dessa notícia que cresce nas telas da informação online, nos rádios e nas televisões, que ocupa todas as mentes. A sua mente e a minha. A dúvida é: onde poderei me esconder desse desconsolo que se abateu sobre mim — e sobre você que me lê? Eu sinto o leitor e a leitora hoje mais do que nos outros dias e preciso dessa conversa, como um aconchego, mais do que nos dias normais. Quero apenas admitir, leitor, leitora, que eu não entendi. Você pode me explicar? Fiquei apenas querendo conversar um pouco com vocês sobre isso neste espaço onde o econômico deveria ser a matéria principal.

A presidente falou sobre a palavra certa: “brasileirinhos”. Eles eram. E estavam no local certo onde crianças devem estar durante o dia: na sala de aula. As marcas do sangue delas mancham ainda as paredes e o chão da escola onde estudavam. Nas que sobreviveram, ficará o trauma, nas que saíram correndo em pânico, ficarão lembranças das cenas inesperadas como se fosse um filme de terror proibido para menores. Precisarão ser cuidadas e protegidas porque se nem nós adultos entendemos, o que poderão processar nas suas mentes ainda em formação? Pode-se pensar em lutar contra os efeitos colaterais do ocorrido, nas que escaparam, felizmente.

O Brasil tem problemas, bem sabemos. Mas esse tipo de ataque inesperado, cruel, premeditado de um louco em uma escola, nós só estávamos acostumados a ver à distância, com perplexidade estrangeira. De repente, acontece na nossa porta e procuramos explicações. Os especialistas darão informações e o país precisa delas porque entender organiza a dor. Mas, sinceramente, eles sabem explicar outros tipos de violência: a do trânsito, que enluta tantas famílias diariamente; a provocada pelo tráfico de drogas, que arruína vidas tão jovens; a produzida pela ausência do Estado, tão frequente. Em cada uma dessas vertentes do absurdo cabe análise, explicação, estatística e estratégia de solução. Isso faz com que a tristeza seja enquadrada, organizada, superada. Os estudiosos sempre serão necessários nesse momento para explicar o que faz surgir uma pessoa como ele, como tratá-la, como famílias e pessoas próximas podem sentir o perigo. Mas mortes de crianças numa escola, provocadas por um louco que planejou seu crime com a frieza das mentes perturbadas, deixou uma carta sem sentido e morreu junto aos inocentes que atingiu, isso não é explicável.

É o momento do luto apenas. Das famílias, de Realengo, do Rio, do país. De perplexidade, espanto, raiva, mas sobretudo dessa tristeza funda. Dá vontade de pensar que quem sabe tenha sido só um pesadelo que aconteceu num país distante, numa escola longe daqui. Mas infelizmente isso ocorreu aqui mesmo; não podemos dizer aquela frase de sempre: “acontecem umas coisas estranhas nos Estados Unidos.” Temos que tentar entender e evitar fatos para os quais não estávamos preparados. Como os terremotos e os vulcões; as nevascas e os grandes furacões. Fatos que só aconteciam com os outros e não conosco.

Há momentos de se pedir desculpas e dizer: amanhã eu voltarei ao normal; vou falar dos tantos fatos da economia, da política internacional, dos impasses econômicos, dos equívocos das políticas públicas, ou de um grande negócio que mudará a estrutura de um setor empresarial do país. Posso falar do consumo, das dúvidas sobre o aquecimento da economia, e até das listas de medidas que podem segurar o insustentável dólar. Amanhã, prometo falar de assuntos destinados aos cérebros. Hoje, quero ficar aqui pensando na vida que poderia ter sido e que não foi, de dez meninas e dois meninos. Quero pensar nas mães, nos pais, irmãos e professores que viram e sofreram diretamente o que eu apenas entrevi. Quero esperar que todos encontrem consolo, de alguma forma. Que a escola volte a abrir as portas, se reorganize, cure suas feridas. Que a escola de Realengo, e todas as outras do país se dediquem a ensinar e preparar outros brasileirinhos para o futuro. Futuro que ontem foi roubado de dez meninas e dois meninos. Quero só ficar com você em silêncio pensando na vida.

domingo, 3 de abril de 2011

Quem te faz feliz?

Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas:
"Seu marido lhe faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade?"
Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança.
Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro ‘Não’, daqueles bem redondos!
"Não, o meu marido não me faz feliz! (Neste momento o marido já procurava a porta de saí­da mais próxima). Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz."
E continuou:
"O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade.
Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.

Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, Os prazeres, os amigos, minha saúde fí­sica e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.
Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz!
Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz!
Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz!
Sou casada, mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma.
As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de ‘experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza.
Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza.
Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medí­ocre e por aí­ vai.
Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho, mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indiví­duo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos.’
Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade."
SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém tenha lhe machucado, mesmo que alguém não lhe ame ou não lhe dê o devido valor.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Devolva o peixe - Uma história sobre ética - muito boa!

Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago.
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte.
Mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
Os dois sentaram à beira do lago, e, num silêncio delicioso, ficaram a esperar e a ouvir o som da natureza…
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente erguia o peixe da água.
Era o maior que já tinha visto, porém a sua pesca só era permitida na temporada.
O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito.
O pai, então, acendeu o fósforo e olhou o relógio.
Eram dez horas da noite.
Faltavam apenas duas horas para o início da temporada.
Em seguida, no entanto, ele olhou para o peixe e depois para o menino dizendo:
- Você tem que devolvê-lo, filho.
- Mas pai! Reclamou o menino…
O garoto olhou em volta do lago, não haviam outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente o olhar para o pai.
Mas mesmo sem ninguém, ele sabia que a decisão era inegociável.
Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água.
Naquele momento o menino teve a certeza de que jamais pescaria um peixe tão grande como aquele.
Isso aconteceu há 34 anos.
Hoje o garoto é um arquiteto bem sucedido.
O chalé continua lá, na ilha, em meio ao lago e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta…
Nunca conseguiu pescar um peixe tão grande quanto aquele.
Porém sempre vê o mesmo peixe todas as vezes em que se depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo ou errado.
Agir corretamente quando se está sendo observado é uma coisa.
A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos vendo.
Esta conduta reta só é possível quando, desde criança aprendeu-se a devolver o peixe à água.
Pense nisso…

Em Provérbios 22:6 está escrito: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”

A boa educação é como uma moeda de ouro, tem valor em toda parte.
Ensine o seu filho a devolver o peixe à água…

(autor desconhecido)

segunda-feira, 7 de março de 2011

SER CHIQUE SEMPRE por GLÓRIA KALIL

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da
vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou
closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem,
mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas,
nem por seus imensos decotes e
nem precisa contar vantagens,
mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto,
não fazer perguntas ou insinuações inoportunas,
nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é parar na faixa de pedestre
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às
pessoas que estão no elevador.
É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e
prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra,
ser grato a quem o ajuda,
correto com quem você se relaciona
e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer,
ainda que você seja o homenageado da noite!

Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo,
de se lembrar sempre de o quão breve é a vida
e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar,
na mesma forma de energia.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor,
não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar
e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cuidados no falar com os colegas de trabalho.

É tarde demais: você já disse; não dá para "desdizer". Na cozinha do escritório, você estava comentando, com um colega, como a diretoria da empresa é ruim. Você estava falando baixo, mas, quando saiu da cozinha, seu chefe estava parado lá! Pelo jeito como ele olhou para você, deu para ver que ele ouviu cada palavra. Ah, se você tivesse mantido o bico fechado!

Todos nós já dissemos coisas de que nos arrependemos, mas o problema é que, se você fizer isso no trabalho, vai ter problemas. Alguém que está descontente, que critica abertamente a diretoria para os colegas, será visto como alguém que espalha sentimentos negativos – o que é ruim para a companhia e ruim para os negócios. E, a longo prazo, isso pode custar o seu emprego.

Então, o melhor jeito de evitar isso é simplesmente não conversar sobre certas coisas no trabalho. Eis o nosso conselho:

Estabeleça uma regra de não criticar a diretoria quando conversar com seus colegas. Sim, nós sabemos que você está cansado do seu trabalho, odeia a companhia e acha que seu chefe é um imbecil. Mas tenha cuidado! Nunca faça comentários negativos e irônicos sobre a diretoria, quando você está no trabalho. Você pode ter 100% de certeza de que os seus comentários serão repetidos – e, se eles chegarem até as pessoas erradas, isso pode custar o seu emprego. Se você tiver críticas genuínas, separe um tempo para sentar com o seu gerente e discutir o que achar necessário – mas use um enfoque positivo, sugerindo meios para melhorar a situação. As críticas podem ser construtivas e úteis; os sentimentos negativos prejudicam o ambiente e podem acabar prejudicando a sua posição na companhia.

Mostrar relutância nunca é uma boa ideia. Frases como "Esse não é o meu trabalho", "Não posso fazer, não vou fazer e não vejo por que eu deveria fazer", "Não preciso fazer isso" ou "Essa tarefa é pro pessoal de nível mais baixo" indicam uma atitude negativa e são a última coisa que o seu gerente quer ouvir. Na verdade, se ele ouvir essas frases com muita frequência, ele pode achar que você não é pessoa certa para o cargo. Entretanto, se você realmente achar que há um problema e que você está sendo explorado, tome a iniciativa e discuta o assunto com o seu gerente. O mesmo se aplica se você sentir que seu cargo está aquém de suas capacidades: não fique reclamando, fale com o seu gerente e diga que você gostaria de crescer na firma. Isso irá mostrar que você está disposto a assumir mais responsabilidades na empresa e não apenas procurando a saída mais próxima.

Ansiedade irrealista também pode causar problemas. Você é o tipo de pessoa que fica tão ansiosa para agradar que sempre diz "sim", mesmo para prazos impraticáveis que você sabe que não pode cumprir? Nesse caso, tome cuidado! Alguém que falha em entregar um trabalho no prazo, que sempre pede mais prazos, não é alguém que inspira confiança nos colegas. Todos vão considerar que a culpa é sua, não da pessoa que pediu o prazo impraticável. Então, em vez de responder automaticamente com um "Sim, sem problema!", diga "Posso dar uma resposta daqui a alguns minutos?" Ou – com alguma ousadia – “Segunda, no final dia, vai ser complicado. Mas eu consigo entregar o serviço até a terça, na hora do almoço.” Se você recusar um prazo, sempre sugira uma alternativa que você possa gerenciar.

Arrogância não é uma coisa atraente e fará com que você seja impopular. Se você não gosta das ideias ou do trabalho dos outros, não faça comentários agressivos como "Não tem ninguém criativo aqui" ou "Obrigado por suas sugestões, acabo de jogá-las no lixo". Isso só vai arranjar inimigos para você. Concentre-se apenas em garantir que as suas ideias e seu trabalho sejam realmente bons: isso será percebido e irá ajudar na sua carreira.

Outras coisas que você deve evitar dizer no trabalho:

* Como você ficou bêbado, na noite passada (diga isso com frequência, e as pessoas vão ficar com uma impressão ruim de você)
* Piadas sem graça que podem ofender alguém (você nunca sabe quem está ouvindo ou para quem a piada vai ser contada)
* Religião e política (assuntos que tradicionalmente conseguem inflamar os ânimos)
* Fofocas sobre seus colegas (se você espalhar rumores negativos sobre outras pessoas, você será visto como um encrenqueiro, alguém que não merece confiança)

Conclusão: Seja você mesmo – mas não totalmente! Guarde o resto para as pessoas que realmente são suas amigas.

Artigo retirado da página da HP tecnologia e negócios, postada em 23/02/2011